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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Não julgueis para que não sejais julgados. Como é isso?


Sobre O Juízo Temerário: Quem Somos Nós Para Julgar Alguém? (Mt 7.1-6; 23.1-36)

                Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de Evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo, fruto do chamado retété de Jeová tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos.
                Em nome da experiência humana, doutrinas e práticas litúrgicas das mais estapafúrdias tem se multiplicado em nossas igrejas.
                Talvez ao ler este texto você esteja dizendo: quem somos nós para julgar alguém? A Bíblia nos ensina que não podemos julgar ninguém, mas veja. Quando o Senhor Jesus advertiu contra o juízo temerário (Mt 7.1-6), Ele não estava declarando pecaminoso e proibido toda e qualquer forma de juízo. Dentro do contexto de Mateus nosso Senhor nos induz a discernir quem é cão e porco para que não se desperdice a graça de Deus. Julgar não é pecado! Afinal o próprio Deus exerce juízo. Ele mesmo nos ordena exercer o discernimento, que, diga-se de passagem, é o dom mais ignorado, e talvez o mais odiado hoje em dia.
                Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23.1-36). Se o julgar não é o papel de um homem de Deus, então creio que tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos devem ser despidos deste título! O que falar então dos crentes de Béreia [Bereanos]? Ora, diz a Bíblia que eles não engoliam qualquer ensinamento, antes pelo contrário, verificavam se o ensino estava de acordo com a sã doutrina.
                Vivemos hoje um sério apagão teológico, onde os mais variados distúrbios doutrinários são observados. Unção do riso; unção do leão; unção apostólica; unção da loucura; crentes de segunda classe; troca de anjo da guarda; arrebatamento ao 3º céu; festa dos sinais; night gospel song; sal grosso pra espantar mal olhado; maldições hereditárias; encostos; óleo ungido pra arrumar namorado; sessões do descarrego, monarcas da fé, coronéis apostólicos, música para o diabo, shows gospel, atos proféticos descabidos e burrificados, dentre tantas outras coisas mais, tornaram-se infelizmente marcas negativas dessa geração dita cristã.
                Creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho.
                Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, do contrário, estaremos sujeitos e negarmos uma tão grande salvação! Como escaparemos nós?

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Pr. Alexandro Santos