Pr. Alexandro Alves dos Santos
"Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra"
[2 Timóteo 2:4].
Gostaria de nesse pequeno comentário despertar os crentes desejosos da salvação em Cristo Jesus para um problema grave que atinge a igreja dos dias hodiernos: a promiscuidade com o sistema mundano produzido através da política. É de se saber que a política é importante e necessária para o bem comum da sociedade, porém ela tem sido transformada em instrumento de ação de Satanás para confundir e desmantelar a igreja fundada e instituída pelo Senhor Jesus Cristo. Muitos acham que é radicalismo, atitude de alguém retrógrado, alienado ou até rebelde àqueles que não dão o seu voto para candidatos evangélicos. Gostaria de afirmar a você que o voto é necessário, mas não necessariamente a um candidato evangélico. Temos o livre direito de votarmos em quem quisermos, pois o voto é livre a todo cidadão, e como é divulgado em todos os anos eleitorais, o voto deve ser consciente, ou seja, deve ser precedido de uma análise individual e não por imposição de alguém.
Em termos políticos, independente se o candidato é evangélico ou não, o voto deve ocorrer para o melhor candidato, o que possui propostas para a sociedade com um todo e não para um grupamento específico dela como é o caso da “comunidade evangélica” ou qualquer outro grupo ou comunidade.
Nos dias atuais (e isso ninguém pode negar!) tanto os homens comuns como aqueles ditos “evangélicos” foram contaminados pela podridão moral no seio político. A verdade é que não temos visto diferença tendo em vista tanta corrupção que presenciamos de nossos “irmãos”. "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!" [Jeremias 17:5].
Creio que não haveria problemas em votar em candidato evangélico, desde que não “usa-se” a igreja como curral eleitoral e fizesse uso da influência dela para conseguir os seus intentos sobre o pretexto de que necessitamos de “representantes” na política para defender os interesses da igreja. Poderíamos até votar nele, mas não levando em conta o fato de ele ser evangélico, mas talvez alguém competente para um cargo público. Interessante é que citam exemplos clássicos na Bíblia como o de José, mas é incrível a quantidade de “Josés” que tem surgido em nosso meio nos últimos tempos!
Acima de tudo, como um cristão bíblico, não vejo qualquer base para participar do sistema corrupto deste mundo, que jaz no maligno, e a política faz parte. "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno." [1 João 5:19].
Não há dúvidas de que a política atualmente faz parte do sistema corrupto do mundo. Talvez pareça contradição pelo fato dela ser importante, mas a grande questão é que o governo do mundo não é e nunca foi função da igreja do Senhor Jesus Cristo. A função da igreja não é desempenhada através de instrumentos humanos como a política e, portanto, esta NUNCA deve ser misturada com as coisas de Deus. Além do mais existe uma grande diferença entre política – que é a arte de governar – e a politicagem – política de interesses pessoais ou troca de favores.
Existem vários argumentos de pessoas que defendem a política como sendo necessária para a igreja para que a mesma consiga seus intentos. Mas, quais são os intentos da igreja? A Bíblia diz claramente qual a sua função: pregar o evangelho a toda à criatura! [Marcos 16:15].
Devemos nos lembrar de que, como igreja: "... a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." [Filipenses 3:20].
Temos de votar por obrigação legal e isso é justo porque devemos eleger nossos representantes, pois, afinal, não somos do mundo, mas estamos no mundo [João 17.11,14]; mas, creio biblicamente respaldado, que o crente não deve tomar parte na política, sob nenhuma forma, nem elegendo os oportunistas e muito menos sendo candidato quando o propósito primário é a Obra de Deus, pois na verdade o nosso foco é outro: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." [1 João 2:15]. Ou será que amar essa falsa forma de política não é amar o mundo?
No caso de um crente querer ser um candidato ao pleito eleitoral, o poderá fazer como cidadão e nunca vincular à sua crença ou a igreja do Senhor ao seu intento e projetos particulares sobre o pretexto de estar “ajudando” a igreja do Senhor Jesus.
Sabemos que Deus é quem coloca as autoridades no poder (Daniel 2:21; Romanos 13:1-2) e, sendo assim, Sua vontade é perfeita e nosso voto não vai mudar ou melhorar as coisas, além do mais a Bíblia nos mostra que este mundo não vai melhorar, pelo contrário, só vai piorar, pois: "... os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados." [2 Timóteo 3:13].
Infelizmente, a igreja também irá de mal a pior, por que: "O Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." [1 Timóteo 4:1].
Política hoje é sinônimo de poder e na verdade os homens estão ávidos por poder, até mesmo nossos líderes pastores, exatamente aqueles que deveriam nos proteger destas coisas. Jesus, nosso Sumo Pastor, nos deu o grande exemplo, em não ter tido por usurpação ser igual a Deus e não ter desejado um trono aqui na Terra, pelo contrário, ele rejeitou tudo isso. [João 6:15; Filipenses 2:6]. A Bíblia diz: "Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." [Lucas 16:13].
O poder realmente corrompe e cega as pessoas e o problema é quase que generalizado e atinge todas as pessoas ou será que os candidatos evangélicos são “crentes” o bastante para que esse poder não os corrompa? A bíblia nos recomenda prudência, mas o “poder” fala mais alto!
Os exemplos que já tivemos de políticos evangélicos foram escandalosos demais (deputados sanguessugas, ambulâncias superfaturadas, dinheiro escondido na roupa, até malas cheias de dinheiros provenientes dos dízimos dos fiéis, nepotismo entre famílias evangélicas, favorecimentos ilícitos para a igreja, etc). Absolutamente não podemos ser cúmplices desses escândalos e nem vê-los repetidos. Você quer ser participante disso? Se vierem os escândalos, que sejam por aqueles que não professam o nome de Jesus e nem sejam vinculados à igreja de Cristo Jesus. Esses políticos causaram e ainda causam escândalos ao Evangelho, ao nome Santo do Senhor e à igreja, além de enganar as pessoas que neles votaram. A Bíblia diz: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" [Mateus 18:7].
É impressionante como determinados líderes evangélicos fazem do rebanho (que o Senhor Jesus Cristo comprou por um preço muito caro) massa de manobra e transformam a igreja em verdadeiros “currais” evangélicos; sem dúvida homens que fazem tais coisas não são pastores, mas sim mercenários! [2 Pedro 2:3].
Mas, se mesmo assim, algum evangélico pretende concorrer nas eleições, como uma atividade secular, que faça isso sem confundir as coisas; isto é, sem misturar seus interesses políticos (por melhores que sejam) com o Corpo de Cristo, a igreja, e muito menos com o pretexto de querer “ajudá-la” na “conservação” das suas leis. O que dizer desses homens que se disseram “escolhidos” de Deus para ocuparem lugar na política e posteriormente causaram danos terríveis a igreja? E o pior, não são disciplinados, mas promovidos! Uma vergonha!
Quando o candidato é um pastor dirigente, a situação é ainda mais grave, pois em alguns casos abandonam o ministério ou permanecem nele em escândalos. É absolutamente impressionante a quantidade de pastores concorrendo aos cargos eletivos nas eleições tanto federais, estaduais e municipais. Fica a pergunta se tais homens são realmente pastores!
Creio que estes oportunistas não merecem o nosso crédito: "Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." [Romanos 16:18]. Meu amado irmão, o apóstolo Paulo disse que quem almeja o episcopado, boa obra deseja [1 Timóteo 3:1] e em parte alguma da Bíblia, nem mesmo por inferência, ele disse que poderíamos ou deveríamos desejar o poder e a política.
Como se não bastasse o fato de o meio político ser corrupto e ser um jugo desigual (não sendo, portanto, lugar para um crente), notamos na Palavra de Deus que as responsabilidades pastorais não são pequenas e nem poucas, de forma que é totalmente incompatível a conciliação da Obra de Deus com as funções políticas. A Bíblia assim nos exorta: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” [2 Coríntios 6:14-15].
Pergunto se seria sábio aos olhos de Deus deixar um ministério tão sublime quanto o de cuidar e conduzir ovelhas em detrimento de um cargo político. A Bíblia responde! "E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus." [Lucas 9:62].
O desempenho de cargos políticos é, na maioria das vezes, visando um bom salário (e o enriquecimento freqüentemente ilícito), vantagens pessoais, tráfico de influência e prestígio social, além de “poder”. Quantos candidatos evangélicos aumentaram consideravelmente o seu patrimônio na ocasião do cumprimento de seu mandato? São os primeiros no topo da lista quando publicado o patrimônio financeiro dos candidatos nos principais veículos de comunicação em todos os anos eleitorais. É bom lembrarmos que "Convém que o bispo [pastor] seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância." [Tito 1:7].
A Bíblia nos mostra vários deveres dos pastores, dentre eles: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina... sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." [2 Timóteo 4:2, 5].
Diante disso, creio ser difícil sobrar tempo para comícios, campanha, trabalhos políticos, etc. Candidatos, durante a propaganda eleitoral, declaram ser evangélicos e usam a igreja, a religião, a boa fé dos irmãos e, ainda por cima, o nome Santo de Jesus Cristo, para pedir votos. Sem dúvida isso constitui um grande pecado contra Deus! Transformam a igreja, a Casa de Deus, em reduto político, reduto de mercenários que estão olhando somente para si mesmos.
Outros candidatos frequentam várias igrejas durante o período das eleições, em horários de culto (de preferência se a igreja estiver cheia!), para conseguirem ocupar os púlpitos e fazerem suas campanhas (apesar de que atualmente é proibido pela Justiça eleitoral o procedimento de pedir votos, mas o fazem em surdina, em sutileza!). E o pior é que existem pastores e líderes evangélicos que cedem seus púlpitos para esse fim, até para ímpios. É óbvio que a culpa não é dos candidatos, pois estes estão cumprindo o seu papel, o problema é de quem permite tais acontecimentos dentro da casa que acreditamos ser a casa de Deus, mas na verdade tem sido transformada em covil de ladrões! "Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores." [Lucas 19 : 46].
Somos chamados por Deus para anunciar o evangelho e não para participar do sistema político corrupto deste mundo. A Bíblia diz: "Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." [Tiago 4:4].
Dentro do conceito da verdadeira e boa política a função do candidato eleito é a de defender os interesses da sociedade como um todo e não a um grupo de pessoas como a classe evangélica. Não precisamos de representante da igreja no meio político, pois já temos um grande representante e defensor, o Espírito Santo. Obviamente ele usa pessoas em Seu trabalho, porém, como dito, o trabalho lhe pertence e é feito da maneira Dele. É bom lembrar que Deus não deu à igreja a comissão de resolver os problemas do mundo. Além disso, os problemas do mundo são apenas um sintoma da raiz chamada PECADO, o que as pessoas precisam é de salvação de suas almas!
É simplesmente ridículo tentar fazer com que as leis que a igreja defende como a condenação à prática do aborto, a condenação do casamento homossexual, e outras mais, sejam IMPOSTAS na sociedade através de leis humanas. A Bíblia nos diz que o convencimento desses e de outros tipos de pecado é feito pelo Espírito Santo de Deus, sem força e sem violência! [João 16:8], [Zacarias 4:6].
É preciso entender de uma vez por todas que a missão da igreja é EVANGELIZAR [Mateus 28:19; Marcos 16:15]. Como igreja, temos a solução para os problemas da alma, que é o alimento espiritual (o evangelho, que sacia a fome espiritual) e não para os problemas do corpo (fome material)! Além disso, o maior problema da humanidade é o PECADO, que é a causa das injustiças sociais, desigualdades e a fome! Portanto o nosso combate é contra a causa de todos os problemas, o PECADO! "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." [Efésios 6 : 12].
Muitos candidatos de diversas denominações evangélicas crêem que a ‘verdadeira igreja’ será reconstruída, nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de 'profetas e apóstolos’ e que essa igreja (evidentemente apóstata), será reconstruída nos últimos tempos e a Terra preparada para o Rei Jesus Cristo, que governará então o mundo. Além disso, eles acham que atingirão esse objetivo mais facilmente se ocuparem os cargos governamentais; pois, segundo eles, somente quando o mundo for conquistado pela igreja é que Jesus Cristo retornará. Ledo engano! Essa crença, totalmente sem base nas Escrituras, foi construída através da "Teologia do Domínio" que, dentre outras coisas, diz que: "Jesus Cristo não poderá retornar a Terra, até que a igreja tenha retomado o domínio, obtendo o controle das instituições governamentais e sociais".
Eles acham que haverá um grande reavivamento nos últimos tempos e, somente então, o Senhor retornará. No entanto, a Bíblia nos mostra exatamente o oposto: "... Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" [Lucas 18:8].
Em vez de um grande reavivamento, haverá nos últimos tempos a grande apostasia, logo após a qual, surgirá o maior político de todos os tempos (o anticristo – Veja Apocalipse 13:1-10), para governar este mundo. Paulo disse: "Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição." [2 Tessalonicenses 2:3]. A igreja já terá sido arrebatada nesta ocasião. Mas, quem sabe, os políticos evangélicos poderão, finalmente, governar junto com o anticristo no governo mundial? Que Deus tenha misericórdia deles!
Na Bíblia, lemos também que, quando os fariseus – exímios politiqueiros - quiseram surpreender Jesus Cristo, em alguma palavra, eles O indagaram sobre questões políticas, especificamente sobre a pesada tributação que era devida ao governo romano; ao que Ele respondeu: "Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." [Mateus 22:21].
Jesus Cristo deixou muito claro Sua posição quanto à total separação entre a política e as questões espirituais (Estado versus igreja), mas parece que não aprenderam a lição de Deus e nem mesmo através das experiências catastróficas do passado.
Quando Pilatos confrontou politicamente Jesus Cristo, este lhe respondeu: "O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." [João 18:36].
Um grande exemplo de união entre igreja e Estado é a Igreja Católica Romana, uma variedade de cristianismo que nunca se saciou com o poder secular; eles têm inclusive, um país (o Vaticano) e, no passado lançou mão das armas para calar seus opositores, como nos mostra a história como as Cruzadas e a Inquisição. Será que a igreja protestante hoje não está agindo da mesma maneira, fazendo uso de opressões, represálias e perseguições aos que combatem tais coisas no seio da igreja ou mesmo o que não concordam com tais práticas dos líderes cristãos? Ai dos pastores que não obedecerem a seus líderes maiores, onde os tais coagem os pastores dirigentes sob pena de que se não tiver votos do “seu” rebanho para tal candidato a transferência é certa para eles e o seu “emprego” estará ameaçado!
Paulo, também, nos diz que, além de obedecermos às autoridades, temos de honrar nossas obrigações, impostos e tributos: "Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra." [Romanos 13:7].
Como é Deus quem coloca as autoridades no poder (Daniel 2:21), precisamos nos sujeitar às mesmas: "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação." [Romanos 13:1-2]. Devemos também respeitar os governantes e obedecer às leis do país (Romanos 13:3; Tito 3:1; 1 Pedro 2:17), desde que elas não sejam contrárias à Palavra de Deus, que é nossa lei máxima.
Outro pretexto que usam para se tornarem políticos é defender a igreja contra perseguições e também da necessidade de haver “justos” no governo. Devemos nos lembrar de que mesmo que tenhamos governantes corruptos, desonestos, ditadores, descrentes, etc., Deus é soberano e todas as coisas que acontecem no mundo cumprem Seus planos, mesmo quando os ímpios estão no poder. A Bíblia nos mostra isso claramente e a história também o confirma!
Mesmo quando os maiores tiranos perseguiram o povo de Deus (seja na época do Antigo Testamento, com Israel, ou no Novo Testamento, com os crentes/igreja), sempre prevaleceram os desígnios do Senhor (veja o caso do próprio Satanás, do Faraó do Egito no tempo do Êxodo, de Saul, Hamã, Herodes, Hitler, o Vaticano com suas Cruzadas e a Inquisição, etc.).
Mesmo com toda a perseguição que houver contra a igreja, podemos ficar tranqüilos, pois: "... as portas do inferno não prevalecerão contra ela." [Mateus 16:18]. Em muitos casos, foi nos momentos de maior perseguição contra a igreja que o evangelho mais se difundiu. Com a perseguição aos primeiros cristãos, o evangelho foi propagado por vários lugares: "Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra." [Atos 8:4]. A conseqüência foi: "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor." [Atos 11:21].
Sendo as autoridades boas ou más, a Bíblia nos exorta a orarmos por elas, para que tenhamos tempos de paz: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade”. [1 Timóteo 2:1-2].
Mas, se mesmo assim, as perseguições vierem contra nós, devido a governos tiranos, devemos nos consolar com o que disse o apóstolo Paulo: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." [2 Timóteo 3:12].
A igreja primitiva não fazia alianças com os apóstatas, hereges e não cristãos, nem mesmo em causas aparentemente louváveis. Não há tempo a perder e precisamos escolher nossas prioridades. Não adianta alguém mostrar exemplos do Antigo Testamento, como José e Daniel, que estiveram em evidência ao ocuparem cargos públicos em suas épocas; são exemplos de ações específicas de Deus para cuidar de seu povo e não regra. Além do mais será que querem pagar o preço que esses homens pagaram para ocuparem tais cargos? Ao que percebemos não!
É bom nos lembrarmos de que em Salmos 144:15, a Bíblia diz: "Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor" e não "Bem-aventurado é o povo cujos governantes são evangélicos!"
Por fim, não nos esqueçamos de que: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." [Tiago 1:27].
Vote consciente, vote segundo a orientação de Deus e não dos homens!